Olá, sou Carol Dib! Bem-vindo ao blog Menino do Mato! Aqui compartilho reflexões pessoais e relatos de vivências dos meus alunos no ateliê infantil que leva meu nome, localizado em Belo Horizonte.
Sou terapeuta somática certificada pela conceituada escola americana The Embody Lab como Somatic Attachment Therapy Practitioner. Durante minha formação tive a oportunidade de expandir o meu conhecimento sobre desenvolvimento infantil, inteligência emocional, trauma e educação somática com autoridades de renome mundial como Peter Levine, criador do método Somatic Experiencing, e Daniel J. Siegel, psiquiatra e neurocientista autor do best-seller internacional A Mente da Criança (The Whole-Brain Child).
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| Prints da tela do meu computador durante aulas ao vivo com Peter Levine (esquerda) e Dan J. Siegel (centro). |
Venho percorrendo o universo somático desde 2011 e ao longo desses anos me dediquei intensamente ao estudo e à prática pessoal de abordagens somáticas, aprofundando minha compreensão de como corpo, mente e emoções estão interligados em processos de cura e desenvolvimento humano.
Minha próxima formação na área, que acontecerá em São Paulo com uma das mais respeitadas educadoras somáticas infantis do Brasil, reforça meu compromisso com o autoaperfeiçoamento contínuo, o pensamento crítico no exercício do meu ofício de educadora e a busca constante por abordagens além das convencionais para melhor apoiar o desenvolvimento emocional e cognitivo dos meus alunos.
A partir de 2020, comecei a incorporar estratégias somáticas nas aulas de arte que oferecia para crianças de 3 a 12 anos em minha casa, integrando a percepção do corpo e das sensações internas ao processo de criação de imagens visuais. O resultado foi extremamente positivo, divertido e valioso para as famílias, que naquele momento enfrentavam o estresse causado pelo fechamento das escolas, aulas online e trabalho remoto.
A aula se transformou em Arte + Yoga quando o Ateliê mudou para um edifício comercial em 2024 e um ano depois evoluiu para uma abordagem mais abrangente e profunda, de Educação Somática Infantil através de práticas lúdicas de arte, mindfulness e movimento, sendo a maioria delas exclusiva do Ateliê Carol Dib, posto que são fruto de meus estudos, percepção e criatividade.
Tal evolução surgiu da minha observação do comportamento e das necessidades das crianças que se identificam com o Ateliê e amam frequentar semanalmente este ambiente onde se sentem vistas, ouvidas, e sabem que podem respirar aliviadas e simplesmente Ser, sem precisar performar para receber validação de adultos conhecidos - ou de estranhos em redes sociais.
Nessa aula de Educação Somática Infantil, que acontece em pequenos grupos ou individual, o aluno experimenta o próprio corpo como fonte de conhecimento e expressão, utilizando movimentos conscientes (livres, dançantes ou inspirados na yoga e no Qigong), praticando respiração diafragmática e pranayama e aprendendo como chegar em um estado de relaxamento profundo e restaurador a partir da compreensão de sua natureza humana.
Práticas simbólicas, sensoriais e artísticas são trabalhadas nos formatos:
1. SANDBOX: onde têm liberdade para explorar materiais e criar sem diretrizes ou objetivos específicos, exigindo que a criança assuma o processo e decida o resultado, exercitando autonomia, resolução de problemas e pensamento criativo.
2. OPEN-ENDED: atividades artísticas que oferecem uma sugestão temática ou limita o material disponível, sem contudo impor um passo a passo rígido nem determinar um resultado específico a ser alcançado, permitindo que a criança se expresse de forma única e manifeste sua individualidade.
É um trabalho sensível e afetivo que ajuda a criança a formar sua identidade, a ganhar confiança na sua capacidade de realizar no mundo, a reconhecer seu valor intrínseco e estabelecer relações seguras e saudáveis.
"O coração é o Amor, a flor é a Vida e o diamante é pra lembrar o quanto eu sou PRECIOSA" (aluna de 7 anos durante prática artística).
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| Feedback de mãe de aluno de 6 anos. |
Pelo dinamismo da aula, que não repete roteiros e pode mudar caminhos no meio do processo, o aluno deve ter flexibilidade cognitiva e abertura para engajar em propostas diversificadas que sempre vão envolver música/sons, corpo e emoções e com frequência pintura, desenho, colagem e atividades sensoriais. Eu não recebo crianças com comportamento disruptivo ou necessidades fora da minha área de formação e competência.
No mais, é requisito fundamental que a criança frequente o Ateliê de livre e espontânea vontade, movida pela sua curiosidade e intuição de que nossos encontros lhe proporcionam algo do qual ela precisa neste momento de sua Vida, ainda que não lhe seja possível nomear o que é.
Obrigada pelo seu interesse no meu trabalho!
Carol Dib
